“O
ato de comer os restos mortais deu sentido à morte, já que o corpo não foi
jogado fora.”, disse o alemão em seu julgamento. “Eu salguei o filé de Bernd com
sal, pimenta, alho e noz-moscada. Comi ele com croquetes, couve de Bruxelas e
molho de pimentão verde.”Procurando
nova vítima, Meiwes volta à internet, mas alguém o denuncia à polícia. Na sua
casa, os agentes acham restos da vítima e um vídeo do assassinato. As imagens
eram tão fortes que os policiais precisaram de acompanhamento
psicológico. Meiwes
ficou conhecido como “O Açougueiro Mestre” ou como “O Canibal de Rotemburgo”.
Tinha quase 40 anos na data do crime, e, a vítima, 42.No
seu julgamento, disse: “Se eu tivesse ido a um psiquiatra há alguns anos,
provavelmente não teria feito o que fiz.”. Meiwes foi acusado de homicídio por
razões sexuais, já que canibalismo não era um item presente no Código Penal
alemão (no brasileiro, existe o crime de “vilipêndio a cadáver”, artigo 212, ato
sujeito a detenção de 1
a 3 anos).Meiwes,
que era técnico em informática (a vítima era engenheiro de computação), foi
condenado à prisão perpétua (primeiramente havia sido condenado a 8 anos de
prisão, mas a promotoria recorreu) – mas pode tentar a condicional após 15 anos
de cadeia. O caso gerou uma grande polêmica jurídica na Alemanha, com muitas
pessoas defendendo Meiwes das acusações mais graves – afinal, Bernd foi morto
porque quis.No
segundo julgamento, Meiwes disse ao juiz que sua fome de carne humana já estava
saciada e que estava arrependido de seus atos. Não convenceu o
júri.Falou
ainda que sempre sonhou em ter um irmão mais novo, “alguém para fazer parte de
mim” – e que o canibalismo era um modo de satisfazer este desejo. Bernd, por
sinal, lhe mentira ser mais novo que ele.Em
uma entrevista à televisão, Meiwes afirmou: “Quem não consegue entrar nesta
história acha monstruoso o que fiz. Mas eu sou um ser humano normal.” Mas,
contraditoriamente, afirmou: “Eu quero ir para a terapia, sei que preciso, e
espero que isto aconteça em algum momento.”.“A
primeira mordida foi com certeza única, indefinível, já que eu tinha sonhado com
isto durante trinta anos, com esta conexão íntima que se faria perfeita através
desta carne.”Quando
era criança, Meiwes gostava que a mãe lesse para ele a história de Joãozinho e
Maria. “A parte em que
João está para ser comido era interessante. Você não imagina
quantos ‘Joãos’ estão circulando aí pela internet…”
Somos pessoas que, neste mundo atormentado nos divertimos.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
O canibal de Rotemburgo
O
pai do alemão Armin Meiwes saiu de casa quando ele tinha 6 anos, levando os
irmãos da criança. Meiwes ficou só com a mãe, que lhe explorava. Na escola, era
humilhado. Em casa, Meiwes dissecava bonecas e queimava, já fantasiando com
canibalismo.Já
adulto, a mãe continua a ser presença perturbadora em sua vida (lembrando o caso
de Ed Gein). Após a morte dela, Meiwes coloca suas fantasias em prática. Com o nick de
“antropófago”, ele procura alguém, na internet, que aceite ser assassinado e
comido. Manteve contato com cerca de 400 homens interessados em canibalismo. Após
2 anos, em 2001 um homem responde: “Espero que me ache saboroso”. Nesta época,
segundo seus vizinhos, Meiwes era um homem tranquilo, que brincava com as
crianças.Bernd
Jürgen Armando Brandes era o nome do homem que se candidatou ao sacrifício, que
ocorreria na casa de Meiwes. Meiwes primeiramente cortou o pênis de Bernd e
comeram o órgão juntos, frito com pimenta e alho. Brandes havia insistido para
que Meiwes arrancasse seu pênis com dentadas, mas ele não conseguiu. Não
gostaram do pênis, acharam a carne dura.Depois
da “entrada”, Meiwes deu remédios a Bernd para que dormisse. Então deu-lhe um
beijo… e algumas facadas no pescoço. Então dependurou o corpo em um gancho de
açougue, drenou o sangue do morto e o dissecou.Conseguiu
congelar 20 quilos de carne, o que lhe permitiu fazer refeições regadas a vinho
por alguns meses.Diria
depois que a carne humana tem gosto “semelhante ao da carne de porco, um pouco
mais amarga e mais forte. Tem um gosto muito bom”. E que, no dia do crime, Bernd
queria ser esquartejado logo, o que lhe contrariou, pois queria conhecê-lo
melhor.
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